quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Química nas nossas vidas por Carlos Côrrea - Excelente forma para comparar o "químico" Vs "natural"

Há a ideia generalizada de que o que é natural é bom e o que é sintético, o que resulta da acção do homem, é mau. Não vou citar os terramotos, tsunamis e tempestades, tudo natural, que não tem nada de bom, mas antes certas substâncias naturais muito más, como as toxinas produzidas naturalmente por certas bactérias e os vírus, todos tão na moda nestes últimos tempos.
Dos oito maiores venenos que existem, seis são naturais: a toxina A do butonilium, a toxina A do tétano, toxina da difteria, a ricina (do rícino), a muscarina (dos cogumelos) e a bufotoxina (dos sapos); destes, só o sarin (gás dos nervos, 8º lugar) e as dioxinas (5º lugar) é que são de origem sintética. 
Muitos alimentos contêm substâncias naturais que podem causar doenças, como por exemplo o Isocianato de alilo (alho, mostarda) que pode originar tumores, o benzopireno (fumados, churrascos) causador de cancro do estômago, os cianetos (amêndoas amargas, mandioca) que são tóxicos, as hidrazinas (cogumelos) que são cancerígenas, a saxtoxina (marisco) e a tetrodotoxina (peixe estragado) que causam paralisia e morte, certos taninos (café, cacau) causadores de cancro do esófago e da boca e muitos outros.
Podemos então dizer que “Quando um produto natural mata... É natural! Fica a consolação de se morrer... naturalmente”.
Carlos Côrrea é Professor Catedrático jubilado do Departamento de Química da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Conselheiro do Ciência Hoje para o Ano Internacional da Química.

Cito apenas uma parte de um artigo que o Professor Carlos Côrrea apresenta no Ciência Hoje para ajudar a desmistificar que os "químicos" são prejudiciais e o que é natural é que é bom.
Pode visualizar o resto do artigo aqui.


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